The Proud Family
A Família Radical
- de 15/09/2001 a 19/08/2005.
- 2 temporadas (52 episódios).
- Jambalaya Studios Hyperion Animation.

DIREÇÃO DE DUBLAGEM:
Fernanda Baronne
ESTÚDIO DE DUBLAGEM:
Double Sound
MÍDIAS:
Televisão
Elenco Principal












Aparições Recorrentes


















Outros


A Dublagem
A Família Radical conquistou o Brasil pelo Disney Channel (2001–2005) com sua originalidade e ritmo eletrizante. Nesta versão inicial, a missão foi adaptar um desenho repleto de ritmo urbano, humor e representatividade — e, nesse quesito, a dublagem brasileira foi peça-chave para transformar a família Proud em “Radical”.
A Família Radical, da Disney para o Brasil
Criada por Bruce W. Smith e Ralph Farquhar, The Proud Family estreou nos EUA em 15 de setembro de 2001, produzida pela Jambalaya Studios em parceria com a Hyperion Animation. Com duas temporadas e 52 episódios, o desenho resgatava com humor e energia o cotidiano de uma família afro-americana suburbana, distribuindo lições de autoestima, diversidade cultural e brincadeiras de segunda a sexta.
Esse caldo de originalidade foi o que trouxe ao Brasil, em clima de novidade, uma animação que fugia dos estereótipos — e que dependia do bom trabalho de dublagem para manter o impacto.
Tradução em tom jovem e ritmo carioca
Estreou em 2001 no Disney Channel Brasil com dublagem da Double Sound, dirigida por Fernanda Baronne — reconhecida por traduzir o frescor juvenil com precisão. A versão brasileira acompanhava Pavlos Euthymiou na adaptação dos diálogos, buscando manter o humor, as expressões urbanas e os trocadilhos originais, sem perder o ritmo frenético do desenho.
Desde logo, o resultado foi bem-sucedido: o texto falado parecia natural, ritmado, cheio de gírias e expressões brasileiras, num compasso que dialogava diretamente com o público jovem e urbano da época.
Vozes que Habitaram a Tela: elenco principal com alma
A escalação das vozes principais foi um dos trunfos da dublagem. Luisa Palomanes deu voz à protagonista Penny Radical com afeto e espinha dorsal emocional, imprimindo vivacidade à garota que lidava com as expectativas da família e da própria identidade. Como seu pai, Duda Ribeiro assumiu o divertido e superprotetor Oscar Radical, dando o tom de humor e ternura que manteve o laço afetivo entre pai e filha sempre presente.
Entre as mulheres da família, Melise Maia trouxe uma Trudy maternal e acolhedora, enquanto Selma Lopes, como Vovó Zica, soube dosar a chatice deliberada com doses generosas de humor de avó. As dubladoras Ana Elena Bittencourt (Bibi) e Bianca Salgueiro (Cici) confirmaram a ligação vocal do núcleo familiar, lembrando que cada membro da família tinha uma voz coerente com sua personalidade. Adicionando uma camada extra à comunidade escolar, Luisa Mendes interpretou a íntima rede de amizades da Penny, como Zoey, deixando o universo do desenho com voz e presença genuinamente brasileiras.
Influência e identidade cultural
A dublagem de A Família Radical se tornou um modelo de como adaptar um desenho urbano e representativo sem perder autenticidade. A decisão da Disney, incrível para a época, de usar um estúdio carioca, com direção disposta a manter o calor vocal e ritmos da versão original em inglês, permitiu que o público jovem se identificasse genuinamente com as falas.
Quando o Disney+ resgatou a série com A Família Radical – Maior e Melhor em 2022, trouxe quase todo o elenco original para a reprise — reforçando que aquilo que era bom, ainda era bom — e solidificando o prestígio da dublagem original. A repercussão reafirma que, ali, as vozes brasileiras não só traduziram texto, mas imprimiram atitude.
Em tempos em que consumimos audiovisual globalizado, a dublagem tornou-se uma etapa cultural — e a de A Família Radical foi emblemática nesse caminho: mostrou que um elenco bem conduzido, com escolha precisa de vozes e direção cuidadosa, pode tornar uma animação representativa ainda mais próxima do público local.