Elenco de Dublagem - Séries

The Highwayman

O Guerreiro do Futuro

DIREÇÃO DE DUBLAGEM:

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VTI

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Televisão

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A Dublagem

No fim dos anos 1980, enquanto a televisão norte-americana experimentava misturas ousadas de ação, tecnologia e ficção científica, surgiu uma série que, apesar de curta, se tornou um verdadeiro ícone cult: The Highwayman, conhecida no Brasil como O Guerreiro do Futuro.

Produzida por Glen A. Larson e lançada pela 20th Century Fox Television, a série foi ao ar originalmente de 20/09/1987 a 06/05/1988, com apenas uma temporada e 10 episódios (incluindo o piloto). Cada episódio tinha cerca de uma hora de duração, e seu protagonista era interpretado pelo ator Sam J. Jones, o mesmo de Flash Gordon (1980).

 

Motores, aço e mistério: a produção e o enredo

O Guerreiro do Futuro se passava em um futuro próximo, em que as fronteiras entre lei e caos estavam borradas. Nesse mundo, patrulheiros especiais conhecidos como Highwaymen percorriam as estradas em veículos futuristas — metades caminhão, metades fortaleza — impondo a justiça em territórios sem governo.

O protagonista, chamado apenas de The Highwayman, era uma figura envolta em mistério, quase um justiceiro nômade. Usando um enorme caminhão negro equipado com armas de alta tecnologia e até um helicóptero embutido, ele cumpria missões perigosas sob ordens de uma agência secreta. A série combinava elementos de faroeste moderno, ficção científica e policial, trazendo uma atmosfera de solidão e heroísmo típica da televisão da época.

A estética visual era grandiosa: desertos, estradas infinitas e veículos com design futurista, lembrando o clima de filmes como Mad Max e Super Máquina, mas com um toque mais sombrio e filosófico. Glen A. Larson, mestre em criar heróis de aço com alma humana, aplicou aqui sua fórmula de ação movida por ética, tecnologia e um certo ar de mistério.


 

O Guerreiro nas estradas brasileiras: a jornada no SBT

Quando chegou ao SBT em 1990, dentro da faixa Super Séries, O Guerreiro do Futuro conquistou espectadores curiosos por novidades de ação com estética futurista. A televisão brasileira, então repleta de novelas e programas de auditório, abria espaço à noite para um universo de heróis importados que pilotavam carros falantes, caminhões supersônicos e motos que pareciam naves espaciais.

A estreia nacional trouxe uma boa dose de fascínio visual: o caminhão do Highwayman, com sua cabine em forma de cúpula, lembrava um híbrido de tanque e nave espacial, e seu protagonista — silencioso, másculo e misterioso — encaixava-se perfeitamente no gosto da época. Mesmo sem grande duração, a série marcou a memória dos fãs da TV do início dos anos 90, sobretudo por seu visual ousado e trilha sonora potente.


 

Dublagem brasileira: a voz do herói e o eco das estradas

A dublagem nacional foi feita pela VTI Rio. O papel do protagonista, Highwayman, ganhou voz firme e imponente com Júlio Cézar Barreiros, cuja entonação grave e pausada deu ao herói o tom de autoridade e mistério que a série exigia. Sua interpretação em português reforçava a aura de justiça implacável e coragem solitária que definia o personagem.

Ao lado dele, a personagem Ms. Tania, interpretada por Jane Badler (a icônica Diana da série V), foi dublada pela talentosa Maralise Tartarine, que emprestou uma voz elegante e segura, equilibrando sensualidade e racionalidade — um contraponto perfeito ao tom sisudo do protagonista.

O contraste entre o sotaque americano do original e a versão dublada desaparecia diante da performance dos dubladores: o herói soava verdadeiramente nosso, um guerreiro das estradas brasileiras — apenas com um caminhão de outro mundo.


 

Entre o aço e a lembrança

Mesmo com apenas uma temporada, O Guerreiro do Futuro deixou um legado significativo na cultura televisiva dos anos 80 e 90. Foi uma das últimas séries do produtor Glen A. Larson a tentar unir ação, tecnologia e misticismo em um só universo.

Embora tenha sido cancelada rapidamente nos Estados Unidos, a série encontrou vida longa em reprises internacionais e, sobretudo, na memória afetiva dos brasileiros que a descobriram pelo SBT.

Seu visual e sua proposta inspiraram produções posteriores que misturaram veículos e futurismo, e até hoje é lembrada como uma “joia esquecida” da ficção televisiva — uma mistura de Mad Max e Super Máquina.

Nota do autor: Até a data de publicação desta matéria, não havia na internet um elenco de dublagem desta produção. As informações aqui reunidas são fruto de pesquisa própria, com análise dos episódios e identificação das vozes, e não de material copiado de outras fontes.
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Izaías Correia
Professor, roteirista e web-designer, responsável pelo site InfanTv. Também é pesquisador da dublagem brasileira.

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