Faerie Tale Theatre
A Princesa e o Sapo
- 12/09/1983 a 20/11/1986.
- 4 temporada (95 episódios).
- Hasbro, Marvel Productions Ltd.

DIREÇÃO DE DUBLAGEM:
?
ESTÚDIO DE DUBLAGEM:
BKS
MÍDIAS:
Televisão/ DVD
Elenco Principal












Outros


Outros
Desde sua criação, Faerie Tale Theatre (“O Teatro dos Contos de Fadas” em tradução habitual no Brasil) sempre teve o espírito de trazer magia e poesia às telas — versões ao vivo de contos que evocavam o mundo dos livros.
A concepção da série remonta ao período em que Shelley Duvall filmava Popeye em Malta. Durante as gravações, ela se encantou com o conto “O Príncipe Sapo” e perguntou a Robin Williams — seu colega de elenco — o que ele achava da história. Williams achou engraçado, o que inspirou eventualmente sua participação no piloto do episódio correspondente.
Nos Estados Unidos, a série estreou em 11 de setembro de 1982 na rede Showtime, e se espalhou por canais como Disney Channel e PBS posteriormente. No Brasil, Faerie Tale Theatre foi exibido pela TV Cultura, sob o título simplificado Contos de Fada, e ganhou público no final dos anos 1980 e nos anos 1990, com reprises esporádicas até mais adiante.
O Príncipe Sapo
O episódio “The Frog Prince” (no Brasil, “O Príncipe Sapo”) foi o piloto da série, com Robin Williams no papel do sapo/ príncipe e Teri Garr como a princesa.
Eric Idle não só escreveu e dirigiu esse episódio, como também assumiu a narração, dando-lhe um tom bem-humorado e leve.
A ambientação, os figurinos e cenografia seguiam a proposta da série de parecerem retirados de um livro de contos: detalhes medievais, elementos de fadas e cenários de castelo tradicional ganhavam leveza e até humor.
No enredo, uma princesa perde sua bola dourada em um poço profundo. Um sapinho se oferece para recuperá-la — mas somente se ela prometer que o tratará como um amigo e permitir que ele entre no castelo. Ao longo da narrativa, o vínculo entre princesa e sapo cresce, até surgir a verdadeira transformação do sapo em príncipe.
As versões de The Frog Prince variam nos detalhes, mas nessa adaptação ganha camadas de leveza e comicidade com a presença de personagens secundários, como reis e rainhas preocupados e criados que ajudam a movimentar a trama.
Caminho até aqui: a chegada e trajetória no Brasil
A transmissão brasileira de Contos de Fada (Faerie Tale Theatre) pela TV Cultura marcou a introdução de muitos desses contos em versão dublada para o público nacional. Com o tempo, os episódios foram reexibidos em ciclos e reprisados entre os anos 1990 e 2010, contribuindo para que muitos espectadores associem décadas de sua infância àquelas vozes e histórias.
Em 2010, a TV Cultura chegou a reexibir todos os episódios, começando por Aladdin e a Lâmpada Maravilhosa. Também houve lançamentos em DVD e home vídeo com legendas e, ocasionalmente, com opções dubladas, para colecionadores e fãs reativarem o acesso às histórias.
É importante ressaltar que, apesar da veiculação nacional, Contos de Fada mantinha um caráter “cult” — não necessariamente presente nos horários nobres das emissoras maiores, o que deixou muitos episódios guardados na memória de quem realmente acompanhava o programa fielmente.
Vozes que encantaram: a dublagem brasileira de “O Príncipe Sapo”
A versão brasileira de O Príncipe Sapo foi cuidadosamente adaptada para que cada linha de diálogo transmitisse emoção, humor e coerência com os personagens originais e sua interpretação em inglês.
Por exemplo, Robin Williams, no papel duplo de Sapo e Príncipe Robin, foi dublado por Ézio Ramos, cuja voz conseguiu equilibrar a comicidade ágil do ator com as nuances dramáticas do príncipe encantado. Já Teri Garr, como princesa, teve sua personagem dublada por Thelma Lúcia, que conferiu delicadeza e firmeza à moça que cresce na relação com o sapo.
Além disso, Rene Auberjonois, interpretando o Rei Ulrich, ganhou voz de Carlos Silveira, e Candy Clark, como Rainha Gwynneth, foi dublada por Neuza Azevedo — nomes de peso, conhecidos no universo da dublagem nacional. Outros papéis como a Rainha Beatrice (Roberta Maxwell), com dublagem de Lucy Guimarães, e personagens coadjuvantes como Griselda (dublada por Zaíra Zordan) também foram integrados de forma natural, respeitando a fluência narrativa.
No conjunto da obra, a dublagem brasileira não se limitou a “traduzir falas”; foi um trabalho de recriação vocal para que as vozes soassem coerentes com os personagens visuais. A escolha de vozes já reconhecidas pela audiência infantil/adulta da época ajudou a dar familiaridade. Além disso, muitos diálogos precisaram de adaptações de rima, trocadilhos e nuances de humor para que ficassem naturais em português — tarefa que exige sensibilidade e talento dos adaptadores e diretores de dublagem.















