Super Six
Super 6
- de 10/09/1966 a 21/01/1967
- 1 temporada (20 episódios, 3 segmentos).
- DePatie–Freleng Enterprises.

DIREÇÃO DE DUBLAGEM:
Milton Rangel
ESTÚDIO DE DUBLAGEM:
Cinecastro
MÍDIAS:
Televisão
Elenco Principal
















Aparições Recorrentes




Outros




A Dublagem
Em 10 de setembro de 1966, estreava nos Estados Unidos pela DePatie–Freleng Enterprises a série Super Six (ou Super 6), uma divertida paródia dos super-heróis que já eram febre nos quadrinhos e na televisão.
A produção teve apenas uma temporada com 20 episódios, cada um dividido em três segmentos, mas deixou sua marca pelo humor irreverente e pela variedade de personagens inusitados, cada qual com poderes tão extravagantes quanto suas personalidades.
No Brasil, o desenho chegou ainda na década de 1960 com dublagem da Cinecastro marcando a infância de muita gente na época.
Heróis fora do comum: a produção e o enredo
Criado em plena era de ouro dos super-heróis, Super 6 tinha como proposta brincar com os clichês do gênero. Ao invés de heróis perfeitos e infalíveis, apresentava figuras atrapalhadas, com limitações e manias que os tornavam carismáticos justamente por suas falhas.
A equipe era liderada pelo Super Chefe, responsável por convocar os heróis para cada missão. Entre os integrantes estavam Super Boeing, um avião humanoide com personalidade engraçada; o Homem Elevador, que usava seu corpo como elevador em situações absurdas; o Homem Granito, uma estátua sempre pronta para criar confusão ao lado do pombo Percival; além de Super Scuba, Homem Magneto e Capitão Zammo, cada qual com um estilo próprio. Outro destaque eram os excêntricos Matusquelas, um trio que roubava a cena com trapalhadas coletivas, pois tratava de três irmãos no mesmo corpo.
Apesar da curta duração, o desenho conquistou crianças e jovens da época pelo ritmo rápido, a variedade de personagens e a mistura de sátira e aventura.
Do estúdio americano às tardes brasileiras
No Brasil, Super 6 estreou na TV Globo nos anos 1960, período em que a emissora ainda estruturava sua grade infantil. A animação foi um dos primeiros desenhos exibidos pela casa e logo chamou atenção pelo humor diferente das produções tradicionais da Hanna-Barbera, que dominavam a época.
Nos anos 1980, a TV Record trouxe o desenho de volta, apresentando-o a uma nova geração de telespectadores. Ainda que não tenha se tornado um fenômeno de audiência, Super 6 encontrou seu espaço, sendo lembrado com carinho por quem cresceu acompanhando suas aventuras.
Dando voz aos super-heróis: a dublagem brasileira
A dublagem brasileira de Super 6 foi realizada pelo estúdio Cinecastro, sob direção de Milton Rangel, que também emprestou sua voz à narração e às leituras de título. O trabalho foi fundamental para a identificação do público com aqueles heróis nada convencionais.
Miguel Rosenberg deu vida ao Super Chefe, equilibrando autoridade e comédia, enquanto Luiz Manoel assumiu o Super Boeing com um tom cômico e caricato. Ênio Santos interpretou o Homem Elevador, transmitindo toda a estranheza divertida do personagem, e Domício Costa foi o Homem Granito, carregando a voz de intensidade para seus ataques climáticos. Ribeiro Santos se destacou como Percival, completando o elenco que conseguimos identificar.
Algumas vozes, como as de Super Scuba, Homem Magneto e Capitão Zammo, não foram identificadas por falta de material, mas o resultado geral da dublagem foi marcante. O elenco, experiente e criativo, conseguiu capturar o espírito irreverente da série, adaptando expressões e piadas para aproximá-las do público brasileiro.
Uma sátira heroica
Super 6 é lembrado como uma das animações mais ousadas de sua época, por ironizar o universo dos super-heróis quando ainda era incomum fazê-lo.
No Brasil, ganhou importância histórica por ter sido um dos primeiros desenhos exibidos pela Globo e por mostrar o talento de grandes nomes da dublagem nacional em seus primórdios.
Hoje, a série permanece como uma curiosidade saborosa da televisão dos anos 1960 e 1970, um retrato da criatividade da DePatie–Freleng — o mesmo estúdio responsável por sucessos como A Pantera Cor-de-Rosa.
E, para os fãs que tiveram a chance de assistir na infância, Super 6 continua sendo um símbolo de humor leve e despretensioso, com heróis que, apesar de atrapalhados, sempre conseguiam arrancar boas risadas.










