B.J. and the Bear
As Aventuras de BJ
- de 10/02/1979 a 01/08/1981.
- 2 temporadas (48 episódios).
- Glen A. Larson Productions e Universal TV.

DIREÇÃO DE DUBLAGEM:
?
ESTÚDIO DE DUBLAGEM:
BKS
MÍDIAS:
Televisão
Elenco Principal


Aparições Recorrentes















Outros


A Dublagem
Uma série que é puro asfalto, liberdade e aventuras com cheiro de gasolina e pneus cantando: As Aventuras de BJ (ou B.J. and the Bear, no original) foi uma criação do prolífico Glen A. Larson, o mesmo nome por trás de clássicos como Galactica, O Homem de Seis Milhões de Dólares e Supermáquina. Exibida originalmente entre 1979 e 1981 nos Estados Unidos, a produção somou 2 temporadas e 48 episódios, apresentando as aventuras de um jovem e carismático caminhoneiro que cruzava as rodovias americanas ao lado de um chimpanzé chamado Urso — sim, um chimpanzé chamado “Bear”.
Mais do que um “road show”, a série misturava ação, comédia e até uma pitada de crítica social disfarçada, colocando seu protagonista sempre em confronto com autoridades corruptas, empresários inescrupulosos e criminosos em geral. Com seu caminhão reluzente, B.J. McKay conquistou um lugar especial na memória de quem cresceu assistindo TV nas décadas de 1980 e 90.
Motores, mulheres e encrencas: a trama sob o capô
B.J. McKay, interpretado por Greg Evigan, era um ex-soldado do Vietnã que, de volta à vida civil, decidiu cair na estrada como caminhoneiro independente. Seu único companheiro? Um chimpanzé inteligente e expressivo apelidado de Urso (Bear). Juntos, viviam situações improváveis e emocionantes cruzando os Estados Unidos em um imponente Kenworth branco com detalhes vermelhos — quase um personagem por si só.
A segunda temporada da série apostou em um novo arco: B.J. agora liderava uma frota de caminhões operada majoritariamente por mulheres, o que trouxe ainda mais personagens femininas fortes e, claro, mais conflitos com o machismo dos vilões da vez. Era a união de ação, humor e pitadas de feminismo em meio a perseguições e confusões pelas estradas americanas.
Da boléia para o Brasil: B.J. e Urso nas nossas tardes
No Brasil, As Aventuras de BJ fez barulho desde sua estreia em 1984 na TV Record, onde era exibida aos domingos à tarde. Foi um sucesso imediato, com boa audiência e uma recepção calorosa de quem se encantava com a fórmula simples e eficiente da série.
Em 1986, a produção foi adquirida pelo SBT, que a colocou nas noites de quinta-feira, e posteriormente, nos domingos, onde permaneceu por mais alguns anos. Também teve espaço no canal por assinatura USA, que reprisou episódios para o público da TV paga.
Estradeiros da voz
A dublagem brasileira ficou a cargo da BKS, um dos estúdios paulistas mais renomados da época, responsável por emprestar o sotaque certo e o humor na medida para a série.
Paulo Ivo deu voz ao protagonista B.J. com um tom jovem e bem-humorado, transmitindo carisma e leveza. O elenco feminino recorrente — formado por personagens como Callie, Teri, Geri, Angie, Cindy, Stacks e Samantha — teve um time sólido de dubladoras como Nair Silva, Neide Pavani, Rosana Peres e Sandra Campos, que conseguiram dar personalidade a cada mulher da equipe de B.J., sem cair em estereótipos.
Os antagonistas e autoridades da série também tiveram dubladores experientes: Antônio Moreno como o Xerife Lobo (que inclusive ganharia sua própria série), e Borges de Barros, sempre eficiente como o Delegado Perkins. A narração e leitura de título ficou a cargo de Carlos Alberto Vaccari, com sua voz inconfundível que anunciava os episódios com aquele ar solene de série “grande”.
A dublagem da BKS se destacou pela adaptação bem humorada e natural dos diálogos — sem excessos, mas com regionalismos pontuais que ajudavam a aproximar o público brasileiro da trama americana. Foi uma dublagem que não apenas traduziu, mas transmitiu a alma do seriado.
Entre buzinas e boas lembranças
Embora não tenha tido o mesmo prestígio cult de outras séries da época, As Aventuras de BJ se consolidou como um daqueles títulos queridos que marcaram os anos 80 e 90 na TV brasileira. Com sua proposta despretensiosa, o carisma de Greg Evigan e a dobradinha inusitada com o chimpanzé, a série conquistou o coração de muitas famílias e influenciou toda uma leva de produções sobre caminhoneiros e foras da lei com bom coração.
A abertura com sua trilha country pegajosa, os visuais da estrada americana e a química entre os personagens formaram um pacote inesquecível. Até hoje, a série é lembrada com carinho pelos fãs de televisão clássica e pelos apaixonados por veículos e liberdade. Na memória dos brasileiros, ficou a imagem de um caminhoneiro boa praça, sempre pronto a ajudar e com um chimpanzé no banco do passageiro. E isso, com certeza, não se esquece fácil.














