Captain Fathom
Capitão Submarino
- 1965.
- 1 temporada (20 episódios).
- Cambria Productions.

DIREÇÃO DE DUBLAGEM:
?
ESTÚDIO DE DUBLAGEM:
Cinecastro
MÍDIAS:
Televisão
Elenco Principal


A Dublagem
Criado em 1965 por Cambria Productions, Capitão Submarino (Captain Fathom) foi uma das últimas produções do estúdio comandado por Clark Haas e Ruth Roche, também responsáveis por Anjo do Espaço. A série se destacava pelo uso da controversa técnica Synchro-Vox, que sobrepunha bocas reais a desenhos estáticos, causando um efeito visual inusitado, até hoje lembrado como curioso e, por muitos, considerado um charme kitsch da era da TV animada.
Com apenas 20 episódios produzidos, o desenho era uma mistura de aventura naval, ficção científica e espionagem, explorando missões submarinas do intrépido Capitão Fathom e sua tripulação a bordo do submergível Triton. Apesar de seu baixo orçamento, a série se sustentava no roteiro ágil, nos perigos exagerados e no clima de série B que a tornava cativante para o público infantil da época.
Missões debaixo d’água
O Capitão Bill Submarino era o típico herói íntegro, corajoso e incansável, enfrentando todo tipo de ameaça marítima, de espiões inimigos a monstros subaquáticos. Ele liderava sua equipe com pulso firme e enfrentava crises internacionais a bordo do Triton, um submarino futurista equipado com alta tecnologia e pronto para aventuras improváveis nos sete mares.
Os episódios seguiam um formato seriado, com ganchos no final que incentivavam o retorno do público na semana seguinte — uma característica marcante das animações da Cambria, que misturavam linguagem de quadrinhos e ritmo de séries policiais.
Do fundo do mar para a Tupi
Capitão Submarino estreou na televisão brasileira em 1968, pela TV Tupi, integrando um pacote de animações importadas que incluía também Super Robin Hood e Anjo do Espaço. Inicialmente exibido às sextas-feiras, às 18h30, o desenho rapidamente encontrou espaço fixo na programação infantil, sendo incorporado ao Clube do Capitão Aza a partir de 1969.
Na década seguinte, o desenho chegou a ganhar espaço próprio nas tardes da Tupi, onde permaneceu até 1972, conquistando uma geração que cresceu com os seriados norte-americanos que misturavam ação e tecnologia em plena era da corrida espacial.
Uma voz firme no comando
A dublagem brasileira foi feita no estúdio Cinecastro, com Maurício Barroso emprestando sua voz ao Capitão Submarino. Com uma entonação firme e austera, Barroso conseguia transmitir a autoridade e o senso de dever do protagonista, equilibrando bem o tom teatral com o ritmo aventuresco da produção.
Embora o elenco completo de vozes não esteja documentado com precisão, o trabalho de dublagem da Cinecastro foi competente, mantendo o texto enxuto e adaptando os termos técnicos de forma acessível para o público infantil da época.
Uma raridade das profundezas da TV
Apesar de sua curta duração e técnica limitada, Capitão Submarino deixou uma impressão duradoura em quem acompanhou suas aventuras nos anos 60 e 70. O visual peculiar, a dublagem clássica e o espírito aventureiro fazem dele um exemplo dos primeiros esforços para levar ficção científica ao público infantil da televisão brasileira.
Hoje, é lembrado com carinho por colecionadores, pesquisadores e fãs da Era de Ouro da TV Tupi — como uma cápsula do tempo mergulhada nas águas profundas da memória televisiva.