Críticas

Crítica: A dublagem de Stranger Things 3.

STRANGER THINGS 3

LANÇAMENTO:
4 de julho de 2019

DURAÇÃO:
8 episódios

DIREÇÃO:
The Duffer Brothers

GÊNEROS:
Ficção Científica


NACIONALIDADE:
EUA

DUBLAGEM

ESTÚDIO:
Delart

DIREÇÃO:
Philippe Maia

TRADUÇÃO:
Guilherme Menezes

ELENCO DE DUBLAGEM

Miriam Ficher: Winona Ryder (Joyce Byers)

Maurício Berger: David Harbour (Delegado Jim Hopper)

Arthur Salerno: Finn Wolfhard (Michael “Mike” Wheeler)

Isabelle Cunha: Millie Bobby Brown (Onze)

João Victor Granja: Gaten Matarazzo (Dustin Henderson)

Daniel Pim: Caleb McLaughlin (Lucas Sinclair)

Ana Elena Bittencourt: Natalia Dyer (Nancy Wheeler)

Luiz Sérgio Vieira: Charlie Heaton (Jonathan Byers)

Márcia Coutinho: Cara Buono (Karen Wheeler)

Victor Hugo Fernandes: Noah Schnapp (William “Will” Byers)

João Capelli: Joe Keery (Steve Harrington)

Ana Helena de Freitas: Priah Ferguson (Erica Sinclair)

Quando um produto se torna tão popular quanto Stranger Things fica difícil separar seu sucesso do trabalho de dublagem e assim emitir uma análise sobre a adaptação para nossa língua sem se deixar influenciar pela inquestionável qualidade da terceira temporada.

A Delart realmente faz uma realização primorosa, com Philippe Maia assumindo a direção sem cometer quase erros. Ele que já havia dirigido a segunda temporada do seriado tinha o elenco nas mãos e se valeu disso para extrair o máximo de cada profissional escalado.

Guilherme Menezes também faz um excelente trabalho na tradução e adapta situações cotidianas americanas de maneira tênue sem prejudicar o conteúdo da série e melhorando sua compreensão para o nosso público.

Ao longo dos episódios temos gratas surpresas com aparição de vozes consagradas dos anos 80 como Garcia Júnior, Dário de Castro, Isaac Bardavid, Carmen Sheila, Selma Lopes e Ilka Pinheiro, contribuindo ainda mais para o clima nostálgico que o seriado procura propiciar.

Mas a grande questão permanece sendo o elenco de vozes dos protagonistas mirins que ainda não amadureceram o suficiente para se desapegar de sotaques ou ter uma entrega maior de interpretação nas cenas dramáticas, isso para os não tão afeiçoados à dublagem brasileira passa a ser um ponto importante na hora de decidir assistir a série legendada.

Pra muitos jovens dubladores esse é o primeiro grande trabalho da carreira, assim, é injustificável algumas cenas onde não se encontra o esforço mínimo para atuar, chegando a limitar-se à leitura de texto.

Miriam Ficher mais uma vez é o ponto alto da dublagem, ela permanece fazendo Joyce Byers (Winona Ryder), dona daquela personalidade um tanto confusa, com uma veracidade exemplar que se sobressai em algumas cenas. Ana Helena de Freitas como Erica Sinclair (Priah Ferguson) também rouba a cena atuando de forma genial em outra personagem de personalidade marcante.

Izaías Correia
Izaías Correia
Professor, roteirista e web-designer, responsável pelo site InfanTv. Também é pesquisador da dublagem brasileira.

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