M.A.S.K.
M.A.S.K.
- de 16/09/1985 a 26/11/1986.
- 2 temporadas (75 episódios).
- DiC Entertainment.

DIREÇÃO DE DUBLAGEM:
?
ESTÚDIO DE DUBLAGEM:
BKS
MÍDIAS:
VHS
Elenco Principal















Aparições Recorrentes










































Outros


A Dublagem
No auge da febre dos desenhos de ação e aventura dos anos 1980, surgiu um nome que ainda desperta lembranças entre os fãs mais nostálgicos: M.A.S.K., sigla para Mobile Armored Strike Kommand.
Criado pelo estúdio franco-americano DiC Entertainment, o desenho foi exibido originalmente entre 16 de setembro de 1985 e 26 de novembro de 1986, totalizando 75 episódios divididos em duas temporadas. A animação também contou com o toque técnico japonês da Ashi Productions e da K.K. DIC Asia, o que lhe garantiu um visual ágil e uma ação típica das produções do período.
Inspirada numa linha de brinquedos da Kenner, a série rapidamente conquistou espaço entre as crianças por misturar carros e motos que se transformavam, heróis mascarados e vilões carismáticos — uma fórmula irresistível para quem cresceu vendo supermáquinas e combates tecnológicos.
Entre máscaras e motores: produção e enredo
A trama de M.A.S.K. acompanha o cientista e empresário Matt Trakker, líder da organização Mobile Armored Strike Kommand, criada para combater o crime e proteger a paz mundial. Trakker e seus aliados utilizam máscaras equipadas com poderes especiais e veículos capazes de se transformar — de carros em aviões, caminhões em bases móveis, e até motos que se tornam helicópteros.
O principal inimigo da equipe é Miles Mayhem, antigo aliado de Matt e cofundador do projeto original, que acabou traindo a organização. Mayhem não apenas roubou parte da tecnologia, como também foi responsável pela morte de Andy Trakker, irmão de Matt. A partir dessa tragédia, nasce o confronto central da série: de um lado, a M.A.S.K.; do outro, a V.E.N.O.M. (Vicious Evil Network of Mayhem), uma organização criminosa com planos cada vez mais ousados e destrutivos.
Entre os personagens que compõem o grupo de heróis estão Bruce Sato, o engenheiro sábio e racional; Alex Sector, especialista em informática e comunicações; Gloria Baker, habilidosa lutadora e piloto; Hondo MacLean, o estrategista de campo; e Brad Turner, músico e motociclista destemido. Do lado dos vilões, além de Miles Mayhem, aparecem Sly Rax, Cliff Dagger e Vanessa Warfield, figuras marcantes que davam carisma e personalidade ao grupo adversário.
A primeira temporada priorizava missões de combate direto, espionagem e sabotagem. Já a segunda, com número menor de episódios, mergulhou no universo das corridas de veículos, mantendo o visual vibrante, mas com tom mais leve e esportivo. A ação era acompanhada por uma trilha sonora sintetizada e dinâmica, que combinava perfeitamente com as cenas de perseguição e transformação — um dos maiores atrativos da série.
As vozes por trás das máscaras: a dublagem brasileira
A história de M.A.S.K. no Brasil é tão curiosa quanto sua trama. O desenho teve duas dublagens distintas, o que acabou confundindo muitos fãs ao longo dos anos. A primeira versão exibida pelo SBT a partir de 1987, dentro do Show Maravilha, foi realizada no estúdio Herbert Richers.
Com o lançamento de M.A.S.K. em fitas VHS no Brasil, uma nova dublagem foi realizada, desta vez no estúdio BKS Mídias, em São Paulo. Essa versão substituiu a anterior em praticamente todo o material de vídeo que circulou.
O elenco paulista deu um novo tom à produção, com Sérgio Galvão no papel de Matt Trakker, transmitindo autoridade e carisma. Renato Márcio interpretou Bruce Sato, José Soares foi Alex Sector, Valter Santos deu voz a Hondo MacLean, e Cecília Lemes interpretou Gloria Baker.
Do lado dos vilões, Muibo César Cury ficou responsável pela voz poderosa e ameaçadora de Miles Mayhem, enquanto Daoiz Cabezudo (Cliff Dagger), Eudes Carvalho (Sly Rax) e Patrícia Scalvi (Vanessa Warfield) completaram o elenco com atuações convincentes e expressivas. Os personagens recorrentes Scott Trakker e T-Bob foram interpretados por Sérgio Rufino e Aníbal Munhoz, respectivamente, dando leveza e humor às cenas em que apareciam.
A BKS manteve o espírito aventureiro da série, trazendo um resultado envolvente, com ritmo dinâmico e interpretações bem dosadas. A leitura de título ficou por conta de Dráuzio de Oliveira, cuja voz grave abria cada episódio com impacto.
O legado mascarado
Mesmo sem ter tido uma longa presença na televisão brasileira, M.A.S.K. conquistou um espaço definitivo na memória de quem acompanhou suas aventuras. O desenho simboliza uma época em que as animações misturavam ação, mistério e tecnologia de forma única. Suas máscaras com poderes especiais e veículos transformáveis anteciparam conceitos que seriam explorados por outras franquias, e sua estética continua servindo de referência em produtos de nostalgia e relançamentos colecionáveis.
No Brasil, o desenho ficou marcado não apenas pelos brinquedos e pela proposta inovadora, mas também pela dublagem — um trabalho que, mesmo com lacunas e redublagem posterior, manteve viva a essência dos personagens e o espírito heroico da série.
A combinação de ação explosiva, enredos de espionagem e carisma dos dubladores brasileiros transformou M.A.S.K. em um símbolo de uma geração que cresceu diante das telas da TV, sonhando em ter um carro que voava e uma máscara capaz de mudar o destino do mundo.






















