Críticas Matérias

Crítica: A dublagem de Enola Holmes.

ENOLA HOLMES

LANÇAMENTO:
23 de setembro de 2020

DURAÇÃO:
2h 3min

DIREÇÃO:
Harry Bradbeer

GÊNEROS:
Ação

NACIONALIDADE:
Estados Unidos e Reino Unido

DUBLAGEM

ESTÚDIO:
Delart

DIREÇÃO:
Flávia Fontenelle

TRADUÇÃO:
Guilherme Menezes

ELENCO DE DUBLAGEM

Isabelle Cunha: Millie Bobby Brown (Enola Holmes)

Filipe Gimenez: Louis Partridge (Visconde Tewksbury)

Guilherme Briggs: Henry Cavill (Sherlock Holmes)

Raphael Rossatto: Sam Claflin (Mycroft Holmes)

Andrea Murucci: Helena Bonham Carter (Eudoria Holmes)

Flavia Fontenelle: Susan Wokoma (Edith)

Duda Espinoza: Adeel Akhtar (Inspetor Lestrade)

Alexandre Moreno: Burn Gorman (Linthorn)

Marcia Coutinho: Hattie Morahan (Lady Tewksbury)

Mário Cardoso: David Bamber (Sir Whimbrel)

Marize Motta: Frances de la Tour (A Matrona)

Rita Ávila: Claire Rushbrook (Sra. Lane)

Isis Koschdoski: Fiona Shaw (Srta. Harrison)

Isabela Quadros: Esther Coles (Srta. Fox)

Aline Ghezzi: Gaby French (Costureira)

Júlio Chaves: James Duke (Criado)

Cafi Balloussier: Connor Catchpole (Jardineiro)

Rodrigo Antas: David Kirkbride (Agitador)

Júlio Chaves: Paul Copley (Chefe da estação)

Enola Holmes, filme baseado na série literária homônima de Nancy Springer, dirigido por Harry Bradbeer e escrito por Jack Thorne, foi lançado na Netflix e já conseguimos falar um pouco sobre sua dublagem.

Na trama, Enola precisa investigar o desaparecimento da mãe (Helena Bonham Carter), perto da comemoração do 16º aniversário da menina. Mas ela não contará com o apoio de seus manos mais velhos — Sherlock (Henry Cavill) e Mycroft Holmes (Sam Claflin) — que subestimam as habilidades da garota.

Aqui Sherlock Holmes vivido por Henry Cavill se apresenta de um jeitão bem diferente do que estamos habituados. Além de não usar seu chapéu característico ou seu cachimbo, ele está mais amável e suavemente almofadinha. Briggs, emposta bem a voz para seguir o padrão de Cavill, e também consegue perfeitamente passar a doçura do personagem.

No filme temos uma Bobby Brown bem mais solta e madura, totalmente diferente da Eleven de Stranger Things. A menina de personalidade forte, em sua versão brasileira na verdade não cresceu, Isabelle Cunha permanece com um tom levemente infantilizado e o sotaque carioca que aos poucos vem desaparecendo dos estúdios graças ao empenho dos profissionais de dublagem, na Enola está bem carregado.

O filme foi realizado remotamente, e aqui comete um deslize inevitável, pois o trabalho, apesar do esforço na equalização, talvez tenha sido produzido enquanto os dubladores tentavam se adaptar tecnicamente ao novo formato, e em muitas cenas um ouvido mais treinado vai conseguir perceber algumas diferenças de captação de áudio. Como na primeira conversa entre Sherlock e Enola ao ar livre. Ainda assim, a diretora Flavia Fontenelle se esforçou para deixar o trabalho de adaptação o mais bem realizado possível.

Raphael Rossatto (Mycroft Holmes) e Andrea Murucci (Eudoria Holmes), estão irrepreensíveis em suas atuações, e Filipe Gimenez como o Visconde Tewksbury também merece ser destacado.

O ritmo do filme é bem ágil com encontros e desencontros que dão um ritmo bem bacana à produção, a dublagem em nada deixa a desejar nesse quesito, levando o público à uma experiência aceitável e fazendo de Enola Holmes um filme gostoso de assistir de ver dublado.

Izaías Correia
Professor, roteirista e web-designer, responsável pelo site InfanTv. Também é pesquisador da dublagem brasileira.

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