“Nossa dedicação é intensa pra reproduzir o original da melhor forma possível.”
No último dia 3 de outubro, o filme do roteirista e diretor Todd Phillips, Coringa, estreou no Brasil, contando a origem do maior vilão do universo do Homem Morcego. O longa, estrelado por Joaquin Phoenix, foi recebido com reações positivas, tendo sido ovacionada a performance do ator.
No Brasil, a dublagem foi dirigida, traduzida e adaptada por Garcia Junior que escalou o dublador Hélio Ribeiro para emprestar a voz ao protagonista. Ribeiro é um dos nomes que fazem parte da elite da dublagem brasileira, com mais de 40 anos atuando na área e responsável por interpretar grandes talentos como Robert De Niro, Steve Martin, Dennis Quaid, Kevin Costner, Jeff Daniels e Bill Pullman, sem que esses tenham perda de qualidade.
O site conversou com Hélio sobre o filme. Confira:
Um personagem com uma legião de fãs tão grande como o Coringa, torna-se uma missão entregar um trabalho que satisfaça esse público?
Com toda certeza. Poucas vezes na dublagem eu fiquei tão mexido num trabalho como esse.
Grandes atores fizeram o personagem ao longo dos anos, mas que também tiveram excelentes dubladores. O que representa entrar para esse seleto time de profissionais?
Uma honra, um privilégio e uma conquista. O trabalho do Joaquin Phoenix é tão intenso é tão sensacional a interpretação que se você não se entregar ao dublar, não passa a verdade.
Há os que irão torcer o nariz para a dublagem por achar que perde a qualidade de interpretação de Joaquin Phoenix. O que você tem a dizer em defesa da dublagem?
A qualidade da dublagem brasileira é muito boa. Nossa dedicação é intensa pra reproduzir o original da melhor forma possível.
Houve alguma cena durante a dublagem que você enfrentou um desafio para realizá-la?
As risadas foram exaustivamente ensaiadas e houve uma preocupação o tempo todo de manter a fragilidade do personagem, tive que ficar atento pra não deixar o grave da voz se destacar, assim como o Phoenix no original. A cena do stand-up foi muito difícil, ele ria, tossia, engasgava e falava, tudo ao mesmo tempo.
O que os fãs do bom cinema podem esperar o filme?
Um filmaço, digno de Oscar.