Candy Candy
Candy Candy
- de 01/10/1976 a 02/02/1979.
- 10 temporadas (115 episódios).
- Toei Doga.

DIREÇÃO DE DUBLAGEM:
Sônia Ferreira
ESTÚDIO DE DUBLAGEM:
Herbert Richers
MÍDIAS:
Televisão
Elenco Principal


















Outros
A Dublagem
Candy Candy é uma das mais emblemáticas animações shoujo já exibidas na televisão brasileira. O anime conta a história de Candy White Ardlay, uma órfã loira, alegre e sonhadora, criada no Lar de Pony. Com um coração puro e uma personalidade inquieta, Candy vive intensamente suas amizades, perdas, amores e transformações ao longo da vida, enfrentando as maldades do mundo com coragem e esperança.
Sua melhor amiga no orfanato é Annie, uma menina tímida e insegura, que chega a negar sua amizade com Candy ao ser adotada por uma família rica. A relação entre as duas passa por altos e baixos ao longo da trama. Ainda na infância, Candy encontra um misterioso rapaz em uma colina atrás do Lar de Pony — um encontro que a marcará para sempre. Ela o apelida de “Príncipe da Colina”, sem imaginar o impacto que ele terá em sua vida.
Entre amores e crueldades
Na adolescência, Candy é adotada pela influente família Ardlay, onde é recebida com hostilidade por Elisa e Neal, dois jovens arrogantes e cruéis que a submetem a humilhações e armadilhas. A série não poupa momentos difíceis para sua protagonista, como o trágico romance com Anthony, um jovem doce e sensível que morre tragicamente após cair de um cavalo, marcando profundamente o coração da heroína.
Mesmo diante da dor, Candy mantém sua força interior e sua capacidade de se doar ao próximo. Ela reencontra Annie, que agora faz parte da família Brighten, e também se aproxima de Archie e Stear, primos de Anthony — ambos encantados por Candy, embora conscientes de que ela já tinha entregue seu coração.
O anime termina de forma melancólica, com Candy retornando ao orfanato e fitando o horizonte com um olhar triste, refletindo a maturidade conquistada após tantos desafios. O final aberto, longe do desfecho feliz tradicional, é uma das marcas que eternizou a série na memória de seus fãs.
A dublagem que emocionou o Brasil
Exibido pela primeira vez no Brasil em 2 de março de 1983, dentro da programação da TV Record, Candy Candy teve uma dublagem memorável realizada pelos estúdios Herbert Richers, no Rio de Janeiro. Embora a emissora tenha adquirido apenas parte dos episódios, recorrendo constantemente a reprises, a força da narrativa e a qualidade da dublagem garantiram à série um lugar de destaque na cultura pop dos anos 1980.
A protagonista Candy ganhou voz através da sensível interpretação de Vera Miranda, que imprimiu à personagem toda sua ternura e força emocional. Maria da Penha fez com perfeição e jovialidade a doce Annie e Cleonir dos Santos emprestou sua voz e talento para fazer o mocinho Anthony. Fátima Mourão deu vida à mimada Elizha Leagan, enquanto Marisa Leal interpretou Patty O’Brian com doçura.
Entre os rapazes, Ricardo Schnetzer emprestou seu timbre ao inventor Stear Cornwell, e Carlos Marques ficou responsável pelo debochado Neil Leagan. O rebelde Terry Graham foi dublado com intensidade por Mário Jorge de Andrade, enquanto o carismático Archie Cornwell ganhou a voz feminina e versátil de Miriam Ficher.
Com um elenco talentoso e atuações marcantes, a dublagem brasileira de Candy Candy foi essencial para o sucesso e o impacto duradouro da série no Brasil.
Candy Candy deixou marcas
Apesar de ter sido exibida de forma incompleta pela TV Record, Candy Candy se tornou um verdadeiro fenômeno entre os fãs de animes nos anos 1980. Seu tom dramático, personagens complexos e trilha sonora melancólica marcaram uma geração — especialmente por trazer ao público infantojuvenil temas pouco abordados na televisão da época, como adoção, abandono, morte, rejeição e amadurecimento emocional.
A dublagem brasileira, feita com extremo cuidado e sensibilidade, ajudou a série a alcançar esse impacto duradouro. O trabalho da Herbert Richers foi decisivo para estabelecer a empatia do público com os personagens, tornando suas dores e alegrias mais próximas da realidade dos jovens brasileiros da época. Muitos fãs ainda se lembram da voz de Vera Miranda como sinônimo da própria Candy, e consideram essa versão definitiva.
Mesmo com o tempo e com a ausência de exibições recentes, Candy Candy segue viva na memória afetiva de quem acompanhou sua trajetória. A personagem tornou-se um símbolo da resiliência feminina na animação japonesa, e seu legado permanece como uma das mais marcantes experiências emocionais do gênero shoujo no Brasil.