Episódio do Vozes Autorais reuniu especialistas e dubladores para discutir impactos da tecnologia no mercado, saúde mental dos profissionais e a importância da representatividade.
O mundo da dublagem brasileira perdeu uma de suas vozes mais reconhecidas: Flávio Back faleceu aos 52 anos em 24 de agosto de 2025, no Hospital Casa de Portugal, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela Associação Brasileira de Dubladores, que prestou homenagem ao profissional destacando seu legado na cultura pop brasileira.
Flávio Back era conhecido por sua versatilidade vocal e capacidade de imprimir personalidade aos personagens que interpretava. Entre seus trabalhos mais notáveis estão as dublagens de Gendry Baratheon na primeira temporada de Game of Thrones, diversos personagens do ator Carlos Villagrán no clássico mexicano Chapolin, além de Charles Boyle na comédia Brooklyn Nine-Nine e Musculoso na animação Apenas um Show.
Apesar de sua carreira bem-sucedida, Flávio enfrentava problemas de saúde. Diabético, ele estava internado na UTI do Hospital Casa de Portugal, em São Paulo, tratando um quadro de celulite bacteriana. A causa exata da morte não foi divulgada oficialmente, mas sua filha, Luke Back — também dubladora — compartilhou informações sobre a internação em suas redes sociais, revelando a gravidade da situação.
A repercussão da morte de Flávio Back foi imediata. Profissionais da área, fãs e admiradores se manifestaram nas redes sociais, lamentando a perda e destacando a importância de seu trabalho para a cultura pop brasileira. A Associação Brasileira de Dubladores publicou uma nota em que exaltou o legado do artista, afirmando que sua voz permanecerá viva nos personagens que continuam a encantar o público.
A trajetória de Flávio Back é marcada por dedicação e paixão pela arte de dublar. Em um país onde a dublagem é valorizada e amplamente consumida, ele se destacou como um dos grandes nomes da profissão, sendo reconhecido por sua habilidade de adaptar nuances emocionais e culturais dos personagens originais para o público brasileiro. Sua voz tornou-se familiar para milhões de espectadores, que muitas vezes não conheciam seu rosto, mas reconheciam imediatamente seu timbre e entonação.
Além do talento técnico, Flávio Back era conhecido nos bastidores por sua generosidade e companheirismo. Colegas de profissão relataram que ele sempre estava disposto a ajudar os mais jovens, compartilhando experiências e incentivando a excelência no trabalho. Sua morte representa não apenas a perda de um artista, mas também de um mentor e amigo para muitos que atuam na dublagem.
Enquanto o público se despede de Flávio, sua obra permanece viva. Os episódios, filmes e séries que contam com sua voz continuam disponíveis, permitindo que novas gerações conheçam e apreciem seu trabalho. Em tempos de despedida, é reconfortante saber que o legado de um artista pode atravessar o tempo e continuar a tocar corações.
Flávio Back deixa familiares, amigos e uma legião de fãs que reconhecem sua importância para a dublagem brasileira. Seu nome será lembrado com carinho e respeito, como alguém que soube transformar palavras em emoção e personagens em companheiros de jornada.
